A importância das emoções

As emoções básicas são inatas e têm a função de garantir a nossa evolução e adaptação ao meio. São elas: alegria, tristeza, medo, surpresa, raiva e nojo. Desde muito cedo as emoções nos servem como uma espécie de orientação do nosso sistema interno. Por exemplo, ao nos sentirmos apreensivos ou com medo, a necessidade que precisa ser suprida é a de segurança. Além disso, as nossas emoções nos auxiliam na comunicação com os outros, através das expressões faciais e da linguagem corporal. As emoções cumprem um papel muito importante na nossa vida, elas nos ajudam a dirigir a nossa conduta e a agir rapidamente. Temos uma tendência a categorizarmos as emoções em positivas ou negativas. Na verdade não existem emoções boas ou ruins, o correto seria pensar em agradáveis ou desagradáveis. Mas será que as emoções desagradáveis só nos trazem aspectos ruins? Não! Todas as nossas emoções têm um propósito e são fundamentais para a nossa sobrevivência, bem como para o nosso desenvolvimento psicológico e social. Essa tendência a categorizar tende a levar à inibição da manifestação de emoções e sentimentos, por serem aprendidos como sinais de fraqueza ou por serem condenáveis, e por isso, aprendemos que devem ser evitados. Acontece que a falta de permissão para expressão das emoções pode levar a processos de negação ou distorção dessas emoções, de modo a resultar em desregulação emocional. Por mais que tentemos forçar a nossa mente para abandonar as emoções negativas, os problemas sempre estarão presentes em nossa vida. Temos que aceitar que é natural e importante ter esses sentimentos. Quando tentamos esconder os nossos sentimentos, estamos vivendo uma mentira e renegando quem nós somos. O sofrimento é inevitável e necessário em nossa vida, com ele podemos aprender e adquirir crescimento pessoal. Portanto, as emoções, mesmo que sentidas como desagradáveis, têm uma função específica e devem ser experienciadas adequadamente, caso contrário podem levar ao aparecimento de perturbações psicológicas. A psicoterapia pode auxiliar o indivíduo a reconhecer, nomear e verbalizar sobre suas emoções, possibilitando uma maior satisfação na relação consigo e com os outros.